terça-feira, 21 de setembro de 2010

Olimpíada da Língua Portuguesa: Um incentivo a produção de textos.

Foto do Painel produzido em 2008, pelos alunos sob orientação 
do Profº Francisco F. de Lira, onde foi exposta 
toda prdução - poemas e textos.
                Todo ano, a professora Vera - titular das disciplinas Língua Portuguesa e Inglesa realiza na escola uma série atividades de incentivo a produção de textos e poemas. Neste ano de 2010, o tema sugerido pela professora  foi "o lugar onde vivo". Com orientação e bastante cuidado com o conteúdo que os alunos iam produzir, Vera se empenhou o máximo e os nossos queridos alunos, de forma inteligente, criaram bons textos e poemas que não faz vergonha a qualquer poeta principiante. Uma prova de que com esforço e dedicação, o aluno da escola pública, pode ser um "ser" viável, com capacidade de produzir materiais que poucos que frequentam as escolas particulares seriam capazes de produzirem. Os trabalhos literários criados pelos alunos do , e ano, farão parte de um "folhetim" que a mesma está preparando, com o apoio do professor de artes visuais.  

 Seja alguns trabalhos produzidos 
pelos nossos alunos.

   POEMAS       

No lugar onde vivo
Tem pessoas legais,
Lá tenho amigos
É amizade que não se acaba mais

A maré bate nas nossas casas,
Trazendo lixo e poluição,
Mas tem as crianças que brincam
Sem se importarem com isso não!!

A maré também arrasta este lixo
Pra longe do mangue e das pessoas,
Então as crianças aproveitam
Pra tomarem banho, lá, numa boa.

As nossas casas são de tábua
E são muito simples também,
Mas aqui pessoas educadas, existem.
E, aqui, convivemos com o bem.

                                                     Renato, 6º ano


O lugar onde vivo
Tem muita gente boa
Mas, às vezes, tem gente ruim
Por isso eu não estou falando à toa.

Eu sempre vou à escola
E no recreio jogo bola
Brinco com todos meus amigos
E é la, que nos divertimos de sobra.

No lugar onde vivo
Tenho muitos amigos e família
Por isso sinto e sou muito feliz aqui

As vezes, as pessoas falam
Da poluição que há por aqui
Isso me deixa triste
Porque sei que não devia ser assim.

                                       Marcos, 6º ano

Perto da minha casa
Tem uma igrejinha
Que a gente vai visitar
Rezamos todos juntos com fé
Pra nossa comunidade melhorar

Essa igrejinha e tão pequena
Parece ser só um quarto
Mas é a nossa igrejinha querida
Que a gente vai pra lá
Sem que isso seja um fardo

Essa igrejinha e tão bonitinha
Que dá vontade da gente se emocionar
Quando estamos nesse,
Tão importante lugar.

Mas agente não se emociona
Com vergonha das pessoas notarem
E gargalharem da gente
E triste nos deixarem.

                                             Andersom, 6º ano.
   TEXTOS  

O meu querido pai tem cinqüenta anos. Nasceu no interior e cresceu em João Pessoa, numa época mais calma e tranqüila, mas carente de tudo. Por exemplo, água encanada, emergia e mais qualidade na construção das casas. Ele me contou que desde que nasceu, até hoje, João Pessoa mudou bastante.
A cidade era muito simples e pequena demais, com poucas casas quase todas feitas de taipa. A única rua que existia completava o bairro. Havia inundações, o manque era limpo, a água era apanhada numa sistema na casa de um morador, o trem passava no outro lado que já é outra cidade que se chama Salina Ribamar. O trem passava no meio das casas que era mais nova do que hoje. A comunidade era separada da cidade mais próxima, porque não havia a ponte ligando as margens do mangue. Havia apenas a linha do trem. Só depois é que foi construída uma ponte que, até hoje, não tem proteção lateral.
            Ele brincava bastante de carros de tijolo ou tábua, porque não havia condições dos pais dele comprar brinquedo de verdade e também não havia a facilidade e variedade de hoje em dia. A criançada brincava na rua porque aqui não passava carros
            Ele me contou que não havia escola para todos porque a que existia era muita pequena e não dava para todos. Ele fez uma comparação entre a comunidade de antes e a de hoje no que se refere à violência atual e na maneira como as pessoas tratam a natureza – o mangue, e sente bastante pelo desprezo das pessoas por Salina.  

 Joanderson, 7º ano.

Tenho oitenta anos. Nasci e cresci no Jardim Vermelho, numa época mais tranqüila e muito bela, no entanto a água não era encanada, não havia energia elétrica e faltava qualidade nas construções das casas. Desde que nasci, até hoje, Jardim Vermelho mudou bastante.
A cidade era simples e pequena, com poucas casas sendo quase todas feitas de taipa e cobertas de palha. A única rua que existia, era de barro e até hoje, ainda são. Havia inundações, o mangue era limpo com suas águas cristalinas, a água que se usava era retirada de uma cacimba na casa de uma moradora e o trem não passava no meio das casas. Minha comunidade era separada da cidade, mais perto, por que não havia a ponte para ligar as margens do mangue. Havia só um cano. Só depois é que foi construída uma ponte que até hoje, não tem proteção lateral.
Eu brincava de boneca de pano porque não havia condições do meu pai comprar bonecas de verdade e também não havia a facilidade e variedade de bonecas de hoje em dia. Nós, crianças, brincávamos na rua porque aqui não passava carros nem havia perigo algum.    
Não havia escola para todos, porque o lugar era pequeno e aqui havia enchentes. Comparo a comunidade de antes com a de hoje, no que se refere à violência e na maneira como as pessoas tratam a natureza e fico triste por eles e alegre por ter vivido numa época tão feliz. 

Genival Batista, 7º ano

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